segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Fallece el intelectual y político cubano Armando Hart Dávalos

"El reconocido intelectual y político cubano, Armando Hart Dávalos, falleció a sus 87 años esta tarde en La Habana, debido a una insuficiencia respiratoria.

Su cadáver será expuesto en el Centro de Estudios Martianos, en Calzada y 4, en el Vedado, a partir de las 9 de la noche de este domingo, donde será velado hasta las 10 de la mañana del lunes. Posteriormente por decisión familiar será cremado."

Reportagem disponível no Cuba Debate.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Programa Fora da Curva que foi ao ar em 21/09/2017 realizado pela Rádio Universitária FM 99,9 (Recife - PE) entrevista com Laura Pujol (consulesa-geral de Cuba para o nordeste).





INTRODUÇÃO
Para adotar ainda hoje um modelo alternativo de sociedade, Cuba desperta amor e ódio e ao mesmo tempo em que o país é considerado uma referência em políticas públicas de saúde e educação, é também acusado de cercear a liberdade de expressão, perseguir os opositores do regime político capitaneado por Fidel Castro ao longo de décadas. No governo Petista, Cuba acabou envolvida nas disputas política-ideológicas do Brasil depois que a então presidenta Dilma Rousseff trouxe médicos cubanos como parte do Programa Mais Médicos. A vinda de médicos cubanos foi uma marca tão forte do governo de Dilma que muita gente que criticou o golpe contra Dilma foi taxado na época de comunista e apoiador de Cuba. Este mês Cuba sofreu com os estragos do Furacão Irma, o mais potente registrado no Atlântico na última década. Em meio a comoção geral provocada pela passagem do Irma no Estados Unidos, a mídia internacional pouco falou do sofrimento da população cubana que também foi vítima do furacão. Cuba sofre ainda hoje com o embargo econômico dos Estados Unidos e mais recentemente tem sido alvo das bravatas do presidente americano Donald Trump. Por tudo que já enfrentou, pelo que representa na história da América Latina e por todas as polêmicas que provoca, precisamos olhar para Cuba. Por isso, o fora da curva de hoje entrevista Laura Pujol consulesa-geral de Cuba para o nordeste, ela está em Recife para fazer uma palestra logo mais as 4:00 da tarde na feira literária intitulada Territórios Interculturais da Leitura. O evento acontece no Centro de Educação da UFPE.


Entrevistadora (Ivana): Bem vinda Laura ao nosso programa. 

Entrevistadora (Ivana): Para entrevistar Laura Pujol comigo nós convidamos Thiago Soares, professor do programa de pós-graduação em comunicação da UFPE. Ele frequenta Cuba há 8 anos e desenvolve a pesquisa intitulada "Música Pop em Cuba, Enfrentamentos Políticos e Midiáticos".

Entrevistadora (Ivana): Seja bem vindo, Thiago.

Thiago: Olá, obrigada Ivana. 

Entrevistadora (Ivana): Então Laura, Brasil e Cuba mantinham relações muito próximas nos governos de Lula e Dilma. Como está a relação do Brasil com Cuba hoje? Houve alguma mudança em termos de política internacional? 

Laura: Nós mantemos a nossa presença aqui no Brasil como parte do Programa Mais Médicos e temos um contingente de mais de 8 mil médicos aqui trabalhando. No nordeste são quase 3 mil, que vão em mais de 1.500  municípios. Temos o compromisso de ficar aqui sempre que o povo brasileiro tenha essa necessidade de dar esse apoio no atendimento básico de saúde. Temos várias áreas de interesse de intercâmbio na área comercial, inclusive no próximo mês, em novembro, 30 de outubro a 3 de novembro é a feira internacional de Havana, onde cada ano participa centenas de empreendedores brasileiros e esse ano não será diferente. Temos a presença certa de muitas empresas que confirmaram a adesão esse ano e o pavilhão do Brasil, como cada ano, será aberto na feira. Então nós temos 30 anos de relações com o Brasil depois da ditadura e nosso desejo e trabalho é para acrescentar nesse relacionamento. 

Thiago: Laura, como é a relação do Programa Mais Médicos com o governo cubano? Muito se ventila com a questão da verba, os médicos ganham uma verba e outra parte da verba vai para o governo cubano. Eu queria que você explicasse um pouco como funciona operacionalmente essa relação do Programa Mais Médicos com o governo de Cuba. 

Laura: O Programa Mais Médicos é um programa de formação, de superação científica para os nossos médicos, que ao mesmo tempo procura suprir uma necessidade de atendimento básico de saúde aqui no Brasil. Ele está assinado de maneira tripartida através da organização Pan-Americana da Saúde. Então os médicos cubanos que participam desse programa mantém o seu salário completo e todos os seus benefícios sociais deles e de sua família em Cuba por todo o período que eles estão aqui. E pela permanência aqui no Brasil, recebem um estipêndio que permite a estadia deles aqui. Além de que as prefeituras sempre reforçam com gastos de alimentação e moradia para garantir a fixação do pessoal aos municípios. Então eles estão bem, eu acabo de retornar de uma viagem do Ceará, pela Bahia, pelo interior mesmo. Visitando município por município. Visitamos mais de 400 médicos nos últimos 20 dias, conseguimos falar com eles e eles estão muito contentes. Já é uma turma nova, os primeiros médicos que chegaram aqui em 2013 já retornaram a Cuba. Então essa nova turma está agora em uma fase inicial, ainda de incorporação, mas já em outras condições que não se parece nada com o cenário que eles chegaram de uma forte polarização política com o momento atual que o que importa é o trabalho deles, que é o que sempre deve ser. Não politizar as questões de um serviço que está sendo dado a população de uma maneira excelente. Na Bahia tem uma pesquisa de avaliação do trabalho dos médicos e das equipes de saúde superior a 90% em todos os casos. Esses eram vários cenários, há um que dá 98%, outro que dá 96% e outro 92%, mas todo mundo coincide em que é ótimo o trabalho deles aqui. Portanto consideramos que é uma maneira de demonstrar que realmente estão felizes, estão cumprindo o papel deles aqui e realmente da certo. É um programa que deu certo e que continuará a dar certo porque a nossa vontade é de estar ali onde somos necessitados.

Entrevistadora (Ivana): Então, pro Brasil a gente sabe que o programa é fundamental. Ele garante a assistência médica a 63 milhões de pessoas, mas o que é que representa para Cuba em termos econômicos? 

Laura: Veja, não somente a cooperação com o Brasil, a cooperação médica internacional de Cuba é uma das principais coisas da nossa economia nacional. Nós modificamos nosso padrão há muitos anos. Há mais de 15 anos que a venda de serviço é praticamente o primeiro lugar de nossos lucros internacionais, seguido pelo turismo, recebemos 4 milhões de turistas o ano passado, mas na cooperação médica internacional estamos em 63 países. Eu quero enfatizar que nós não apenas fazemos essa cooperação médica por uma questão econômica. Nós fazemos essa cooperação médica por uma vocação solidária que tem a Revolução Cubana desde a sua fundação e que na metade desses países onde nós estamos presentes, Cuba assume 100% os gastos da cooperação internacional. Então, outros países que tem uma condição melhor pagam pela cooperação, e esse dinheiro que Cuba recebe vai diretamente ao orçamento nacional para os próprios gastos de saúde, de maneira que retorne um benefício, inclusive particular para os médicos, que a partir deste intercâmbio são a profissão que melhor salário tem dentro das profissões públicas cubanas, graças a essa contribuição que também da a medicina para a economia cubana. Os médicos sabem isso, então eles sabem perfeitamente que o trabalho deles é internacional. O que nós temos é o desejo de muitos médicos e participar na cooperação internacional em qualquer país. Acaba de sair uma brigada de 15 médicos cubanos para Serra Leoa por conta das inundações que ocorreram lá, e essa não é com retorno econômico. Então isso é o resultado de uma política de muitos anos, implementada por nosso país com essa solidariedade internacional que nós formamos, também, médicos em Cuba de mais de 120 países, ou seja, não é uma coisa, são muitas coisas que juntas fazem com que hoje os serviços médicos cubanos sejam muito procurados. Nos estamos na Ásia, na África, na Europa. Portugal tem um programa parecido com o Mais Médicos.



Entrevista completa disponível no Facebook da Rádio Universitária
Entrevista completa disponível para download em mp3






















quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Entrevista com Laura Pujol (Cônsul da República de Cuba para o nordeste brasileiro)


Escute agora, ao vivo, na Rádio Universitária FM 99,9 (Recife - PE), entrevista com Laura Pujol, Cônsul da República de Cuba para o nordeste brasileiro!

http://150.161.93.62/main.html (Acesse aqui para escutar a entrevista ao vivo!)

Retransmissão da entrevista às 22h!

IV Feira de Leitura :: Territórios Interculturais de Leitura :: 20 e 21 de setembro :: Centro de Educação - UFPE

Hoje, dia 21/09, na IV Feira de Leitura, acontecerá, como parte da programação do evento, o "Cine-Leitura: José Martí", que contará com a presença da Cônsul da República de Cuba para o nordeste brasileiro, Laura Pujol. Além disso, haverá a exposição dos livros de João Francisco de Souza e da obra de José Martí.

Contamos com a sua presença, às 16h, na Biblioteca Setorial do Centro de Educação da UFPE!



quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Divulgando!


CUBA É O PRIMEIRO PAÍS DO MUNDO A ERRADICAR TRANSMISSÃO MATERNA DE HIV E SÍFILIS

CUBA É O PRIMEIRO PAÍS DO MUNDO A ERRADICAR TRANSMISSÃO MATERNA DE HIV E SÍFILIS
Cuba é o primeiro país do mundo a eliminar a transmissão de HIV e sífilis de mãe para filho durante a gestação; Todos os anos, mundialmente, cerca de 1,4 milhão de mulheres que vivem com HIV engravidam, e a chance de transmissão do vírus para o feto varia de 15% a 45%, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.
21 DE AGOSTO DE 2017 ÀS 18:01
247 - Cuba se tornou o primeiro país do mundo a receber a validação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminação da transmissão vertical — de mãe para filho — do HIV e da sífilis.
“Eliminar a transmissão de um vírus é uma das maiores conquistas possíveis em saúde pública”, disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. “Esta é uma grande vitória em nossa longa luta contra o HIV e as doenças sexualmente transmissíveis, e um passo importante no sentido de ter uma geração livre da AIDS”, concluiu.
O diretor-executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), Michel Sidibé, acrescentou: “Esta é uma celebração para Cuba e uma celebração para as crianças e famílias em todos os lugares. Ela mostra que acabar com a epidemia da AIDS é possível e esperamos que Cuba seja o primeiro de muitos países pela frente a buscar esta validação da eliminação da epidemia entre as crianças”.
Todos os anos, mundialmente, cerca de 1,4 milhão de mulheres que vivem com HIV engravidam. Se não forem tratadas, a chance de transmissão do vírus para seus filhos durante a gravidez, o parto ou a amamentação é de 15-45%.
No entanto, esse risco cai para pouco mais de 1% se medicamentos antirretrovirais forem dados para as mães e as crianças durante estas etapas em que a infecção pode ocorrer.
O número de crianças que nascem anualmente com o HIV caiu quase pela metade desde 2009 – saindo de 400 mil em 2009 para 240 mil em 2013. Mas a intensificação dos esforços será necessária para atingirmos o objetivo global de menos de 40 mil novas infecções em crianças por ano até o fim de 2015.
Quase 1 milhão de mulheres grávidas em todo o mundo são infectadas com sífilis anualmente. Isso pode resultar em abortos, em feto natimorto, em morte neonatal, ou em bebês com baixo peso ao nascer e/ou com infecções neonatais graves. No entanto, a testagem e o tratamento, como a penicilina, que são simples, efetivos e de baixo custo durante a gravidez, podem eliminar a maioria dessas complicações.
A conquista realizada por CubaA Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), escritório regional da OMS, tem trabalhado com parceiros em Cuba e em outros países nas Américas desde 2010 para implementar uma iniciativa regional de eliminação da transmissão vertical do HIV e da sífilis.
Como parte da iniciativa, o país tem trabalhado para garantir acesso desde o início do pré-natal, testagem para HIV e sífilis tanto para mulheres grávidas como para seus parceiros, tratamento para mulheres com diagnóstico positivo e seus bebês, partos cesarianos e substituição do aleitamento materno.
Estes serviços são fornecidos como parte de um sistema de saúde equitativo, acessível e universal em que os programas de saúde materno-infantil são integrados à atenção em HIV e às infecções sexualmente transmissíveis.
“O sucesso de Cuba demonstra que o acesso universal e a cobertura universal de saúde são viáveis e, de fato, são a chave para o sucesso, mesmo contra desafios tão assustadores como o HIV”, disse a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne. “A conquista realizada hoje por Cuba serve de inspiração para que outros países avancem no sentido da eliminação da transmissão vertical do HIV e da sífilis.”
Os esforços globais para impedir a transmissão de mãe para filho do HIV e da sífilisHouve grandes esforços nos últimos anos para garantir que as mulheres obtivessem o tratamento de que necessitam para permanecer saudáveis e para manter suas crianças livres do HIV e da sífilis. Uma série de países se encontra agora preste a eliminar a transmissão de mãe para filho de ambas as doenças.
Em 2007, a OMS lançou a Eliminação mundial da sífilis congênita: fundamento lógico e estratégia para a ação. A estratégia visava a aumentar o acesso global à testagem e ao tratamento de sífilis para mulheres grávidas. Em 2014, mais de 40 países reportaram realizar testes de sífilis em 95% ou mais das gestantes durante o pré-natal.
Mas apesar do progresso, muitos países ainda precisam tratar como prioridade a prevenção e o tratamento da transmissão da sífilis de mãe para filho. Em 2012, a sífilis causou 360 mil natimortos, mortes neonatais, prematuridade e infecções nos bebês.
Em 2011, UNAIDS, OMS e outros parceiros lançaram o Plano Global para a eliminação de novas infecções pelo HIV entre crianças até 2015, mantendo suas mães vivas. Este movimento global tem incentivado a liderança política, a inovação e o envolvimento das comunidades para garantir que as crianças permaneçam livres do HIV e que suas mães mantenham-se vivas e saudáveis.
Entre 2009 e 2013, duplicou a proporção de mulheres grávidas vivendo com o HIV em países de baixa e média renda, e que recebem medicamentos antirretrovirais eficazes para prevenir a transmissão do vírus aos seus filhos. Isto significa que, globalmente, sete em cada 10 mulheres grávidas vivendo com HIV nestas localidades agora recebem estes medicamentos. De acordo com dados de 2013, entre os 22 países que respondem por 90% das novas infecções pelo HIV, oito já reduziram as novas infecções entre as crianças em mais de 50% desde 2009, e outros quatro países estão perto desta marca.
OMS processo de validaçãoEm 2014, a OMS e parceiros-chave publicaram as Orientações sobre processos e critérios globais para a validação de eliminação da transmissão de mãe para filho do HIV e da sífilis, que descreve o processo de validação e os diferentes indicadores que os países precisam atingir.
Como o tratamento para a prevenção da transmissão vertical não é 100% eficaz, a eliminação da transmissão é definida como a redução a um nível tão baixo que já não constitui um problema de saúde pública.
Uma missão de peritos internacionais convocada pela OPAS/OMS visitou Cuba em março de 2015 para validar o progresso rumo à eliminação da transmissão materno-infantil do HIV e da sífilis.
Durante cinco dias, os membros visitaram centros de saúde, laboratórios e escritórios do governo por várias regiões da ilha, entrevistando funcionários da saúde e outros atores-chave. A missão incluiu especialistas da Argentina, Bahamas, Brasil, Colômbia, Itália, Japão, Nicarágua, Suriname, Estados Unidos da América e Zâmbia.
O processo de validação deu atenção especial ao respeito pelos direitos humanos, a fim de confirmar que os serviços estavam sendo prestados sem coerção e de acordo com os princípios dos direitos humanos.
Notícia extraída em: https://www.brasil247.com/pt/247/mundo/312981/Cuba-%C3%A9-o-primeiro-pa%C3%ADs-do-mundo-a-erradicar-transmiss%C3%A3o-materna-de-HIV-e-s%C3%ADfilis.htm